
Edital Natura 2022 - materiais de referência
Capa álbum promocional 2010


Soraia Drummond é uma artista brasileira de Salvador (Bahia). Lá foi revelada como cantora pelo jamaicano Gregory Isaacs no festival República do Reggae, numa data inesquecível, 7 de julho de 2007 (07.07.07). Impressionado com sua voz e talento como instrumentista e compositora, ele a convidou para apresentações no Brasil e no Caribe, e também a levou para uma longa viagem a Kingston, na Jamaica.
Na capital mundial do reggae, Soraia teve a oportunidade de trabalhar com lendas como Sly & Robbie e Mad Professor. Em 2009, de volta a Salvador, a cantora inicia uma carreira independente, agitando festas de reggae Brasil afora, sempre no formato Soundsystem, que consiste em usar criatividade e versatilidade para improvisar nos riddims tocados pelos DJs durante o baile.
Na época, Soraia Drummond se destacava como representante feminina na cena, pela voz e pelo talento de puxar em coro hits com a plateia nos shows.
Em 2010, ela apresentou seu impressionante álbum promocional e teve várias faixas selecionadas para lançamento nas compilações Volume 3 e 4 do Bahia Music Export, além de compilações de gravadoras britânicas como Mais Um Discos (Daora, 2013) e Far Out (Brazilian Bass, 2014).
Veja a discografia internacional aqui.
Veja o documentário Bass Culture Clash - Brasil 2015 aqui.
O sucesso das faixas nos chats europeus permitiu que a artista levasse seu show energético, combinando vibrações jamaicanas e brasileiras, em turnês por diversos países pela Europa, passando por importantes festivais com boa repercussão na critica especializada.
Veja Flyers de shows aqui.
Veja fotos de todos os eventos aqui.
ESTREIA OFICIAL EM DISCO
Devido a problemas de direitos autorais, as faixas não chegaram a ser lançadas oficialmente. Porém, após anos de negociações, algumas delas serão lançadas no primeiro álbum oficial da artista, "Novo Dia", que inclui outras faixas inéditas.
Confira os singles já disponíveis aqui.
Assim, Soraia poderá finalmente receber os direitos autorais pelos milhares de cliques no Youtube e Soundcloud, acumulados nas músicas que a consagraram como importante representante da cultura reggae brasileira.
O objetivo do projeto é destacar e valorizar a carreira de 14 anos de uma artista feminina, negra e periférica, que conquistou de forma independente o público e a crítica nacional e internacional, e que pretende viver de sua própria música, ampliar sua rede e buscar novas oportunidades durante o projeto e turnê, de modo a recolocar a artista no mercado.
Indicações de premiações
A música "Estamos em pleno mar" foi premiada no concurso Rumos Itaú 2010 na categoria Homenagem. Ouça aqui.
Inspirada pela Cultura Soundsytem, Soraia adaptou o poema "Navio Negreiro", de Castro Alves, ao riddim (pronúncia no dialeto patoá jamaicano da palavra Inglesa rhythm, ritmo) "Wanted", produzido pelo coletivo norte-americano Massive B Sounds Music.
Soraia Drummond ganhou destaque nacional através da sua representatividade como a única mulher na Cultura Soundsystem na época em que iniciou sua carreira.
Em 2012, ela venceu o premio Conexão Vivo, que a brindou com a gravacão do seu primeiro DVD na Sala do Coro do prestigiado Teatro Castro Alves (TCA), mesclando musica clássica e popular brasileira com a música jamaicana no formato Soundsystem.
O DVD também rendeu reconhecimento internacional para a artista, que posteriormente realizou diversas turnês pela Europa.
Em 2014 Soraia Drummond foi indicada na categoria artista independente na 25a edição do Premio de Musica Brasileira.
Matérias publicadas pela imprensa
Leia trecho da matéria do Elcabong sobre Cultura Soundsystem na Bahia: "A cantora Soraia Drummond faz coro. Ela, que é um dos nomes dessa nova cena baiana herdeira direta dos sons da Jamaica, ressalta a semelhança entre os trios elétricos e a cultura dos sound systems".
Leia mais aqui.
Veja entrevista para o CanallLondres.tv aqui.

jun 2018

Foi sucesso!








Luta pela igualdade de Gênero
Em 2007, Soraia Drummond cantou ao lado do cantor Jamaicano Gregory Isaacs no República do Reggae, o maior festival de Reggae da America Latina, tornando-se assim a primeira artista feminina brasileira a colaborar com grandes artistas jamaicanos e a residir na Jamaica por um longo período para gravar seu primeiro disco.
Tudo parecia um sonho, mas a dura realidade se mostrou ao chegar na Jamaica e se deparar com a cultura machista e homofóbica do mercado fonográfico do reggae.
Ela diz ter tido muitas experiências incríveis e muito aprendizado, mas desistiu do sonho de uma carreira profissional naquele momento, pois o contrato incluía um “casamento de conveniência”. Coisas consideradas normais do mundo da música para artistas femininas, infelizmente, até os dias atuais.
Voltou para o Brasil e seguiu sua carreira de forma independente, graças à cultura Soundsystem, que democratiza o acesso ao público através dos bailes com sessões de microfone abertas, onde qualquer um pode chegar e improvisar algo interagindo com os riddims (neste caso, em segundo sentido, música instrumental sem voz) tocados pelos DJs durante o baile.
Soraia já viajou pelo Brasil, Europa e Caribe interagindo com muitos coletivos de Soundsystem, em sua maioria formados por homens. Era muito difícil ter espaço pra cantar sendo a única mulher no cenário.
Em 2010, surgiu o primeiro Soundsystem feminino do Brasil e Soraia Drummond realizou com elas esse pequeno gigante documentário, o primeiro produzido por mulheres na cultura Soundsytem do Brasil!
Ser mulher e artista independente era muito difícil naquela época. A falta de oportunidades de trabalho levou a artista a fundar a Associação Artística da Bahia, por meio da qual administrava um centro cultural em uma parte muito carente da cidade, buscando dar oportunidade a outros artistas independentes e ajudar a comunidade local.