Histórico de carreira
Capa álbum promocional 2010
Sou artista brasileira de Salvador (Bahia). Fui revelada como cantora pelo jamaicano Gregory Isaacs no festival República do Reggae, numa data inesquecível, 7 de julho de 2007 (07.07.07). Impressionado com minha voz e talento como instrumentista e compositora, ele me convidou para apresentações no Brasil e no Caribe, e também me levou para uma longa viagem a Kingston, na Jamaica.
Na capital mundial do reggae, tive a oportunidade de trabalhar com lendas como Sly & Robbie e Mad Professor. Em 2009, de volta a Salvador, iniciei uma carreira independente, agitando festas de reggae Brasil afora, sempre no formato Soundsystem, que consiste em usar criatividade e versatilidade para improvisar nos riddims tocados pelos DJs durante o baile.
Veja foto com Sly and Robbie em Kingston 2007 aqui.
Desde então, me destaquei como representante feminina na cena, pelo talento de puxar em coro hits com a plateia nos shows.
Em 2010, ela apresentei meu álbum promocional, que surpreendentemente teve várias faixas selecionadas para lançamento nas compilações Volume 3 e 4 do Bahia Music Export, além de compilações de gravadoras britânicas como Mais Um Discos (Daora, 2013) e Far Out (Brazilian Bass, 2014).
Veja a discografia internacional aqui.
Veja o documentário Bass Culture Clash - Brasil 2015 aqui.
O sucesso das faixas nos chats europeus permitiu que a artista levasse seu show energético, combinando vibrações jamaicanas e brasileiras, em turnês por diversos países pela Europa, passando por importantes festivais com boa repercussão na critica especializada.
Veja Flyers de shows aqui.
Veja fotos de todos os eventos aqui.
São 14 anos de trabalho árduo como artista feminina, negra e periférica, que conquistou de forma independente o público e a crítica nacional e internacional.
Devido a problemas de direitos autorais, as faixas não chegaram a ser lançadas oficialmente. Porém, após anos de negociações, algumas delas serão lançadas no meu primeiro álbum oficial, "Novo Dia", que inclui outras faixas inéditas.
Confira os singles já disponíveis aqui.
Premiações
A música "Estamos em pleno mar" foi premiada no concurso Rumos Itaú 2010 na categoria Homenagem. Ouça aqui.
Inspirada pela Cultura Soundsytem, Soraia adaptei o poema "Navio Negreiro", de Castro Alves, ao riddim (pronúncia no dialeto patoá jamaicano da palavra Inglesa rhythm, ritmo) "Wanted", produzido pelo coletivo norte-americano Massive B Sounds Music.
Leia mais no site do Rumos Itau.
Os artistas premiados participaram de uma mostra cultural no sertão do Cariri, onde um dos artistas convidados era Mano Chao. Depois do show eu pedi a ele pra gravar um video pro meu programa de Radio Online (Sim! Eu tinha um programa de radio rs) Veja o video aqui
Ganhei destaque nacional através da representatividade como a única mulher na Cultura Soundsystem na época em que iniciei minha carreira.
Em 2012, venci o premio Conexão Vivo, que me possibilitou a gravacão do meu primeiro DVD na Sala do Coro do prestigiado Teatro Castro Alves (TCA), mesclando musica clássica e popular brasileira com a música jamaicana no formato Soundsystem.
O DVD também rendeu reconhecimento internacional, que posteriormente me levou a realizar diversas turnês pela Europa.
Em 2014 fui indicada na categoria artista independente na 25a edição do Premio de Musica Brasileira.
Matérias publicadas pela imprensa
Leia trecho da matéria do Elcabong sobre Cultura Soundsystem na Bahia: "A cantora Soraia Drummond faz coro. Ela, que é um dos nomes dessa nova cena baiana herdeira direta dos sons da Jamaica, ressalta a semelhança entre os trios elétricos e a cultura dos sound systems".
Leia mais aqui.
Veja entrevista para o CanallLondres.tv aqui.
jun 2018
Foi sucesso!
Luta pela igualdade de Gênero
Em 2007, cantei ao lado do cantor Jamaicano Gregory Isaacs no República do Reggae, o maior festival de Reggae da America Latina, tornando-me assim a primeira artista feminina brasileira a colaborar com grandes artistas jamaicanos e a residir na Jamaica por um longo período para gravar seu primeiro disco.
Tudo parecia um sonho, mas a dura realidade se mostrou ao chegar na Jamaica e se deparar com a cultura machista e homofóbica do mercado fonográfico do reggae.
Tive muitas experiências incríveis e muito aprendizado, mas desisti do sonho de uma carreira profissional naquele momento, pois o contrato incluía um “casamento de conveniência”. Coisas consideradas normais do mundo da música para artistas femininas, infelizmente, até os dias atuais.
Voltei para o Brasil e segui de forma independente, graças à cultura Soundsystem, que democratiza o acesso ao público através dos bailes com sessões de microfone abertas, onde qualquer um pode chegar e improvisar algo interagindo com os riddims (neste caso, em segundo sentido, música instrumental sem voz) tocados pelos DJs durante o baile.
Já viajei pelo Brasil, Europa e Caribe interagindo com muitos coletivos de Soundsystem, em sua maioria formados por homens. Era, e ainda é, muito difícil ter espaço pra cantar sendo mulher no cenário.
Em 2010, surgiu o primeiro Soundsystem feminino do Brasil e o Sound Sisters, então decidi realizar com elas esse pequeno gigante documentário, o primeiro produzido por mulheres na cultura Soundsytem do Brasil!
Ser mulher e artista independente era muito difícil naquela época. A falta de oportunidades de trabalho me levou a fundar a Associação Artística da Bahia, por meio da qual administrava um centro cultural na Ladeira da Montanha, buscando dar oportunidade a outros artistas independentes e ajudar a comunidade local. Infelizmente isso quase destruiu a minha vida em todos os sentidos. As pessoas que eu tentava ajudar foram as que mais me atacaram. Foi entao que desisti de viver no Brasil e fui pra Europa, onde eu tinha muitas oportunidades tanto na musica como em outras áreas. Mas me orgulho do que fiz com esse projeto! Veja referências aqui.